segunda-feira, 14 de maio de 2012

Sexo Mentiras e Feminismo 08 - A Educação Mentirosa



Na educação, tal como noutra parte da sociedade, as feministas têm procurado e encontrado “vítimas”. Para parafrasear o que Voltaire disse sobre Deus e os homens: se as vítimas femininas não existirem onde as feministas as procuram, elas inventam-nas!




Um mito que elas continuam a fazer circular é o de que os rapazes monopolizam a atenção dos professores nas salas de aulas. Em vários países, este mito é sustentado às expensas dos ministérios ou seja dos contribuintes. Independentemente de quem paga a conta, o resultado é o mesmo: Uma grande distorção dos factos.



Principalmente, elas sustentam que as raparigas sofrem como consequência da sua (ligeiramente) mais baixa taxa de participação, e até quando os dados indicam claramente que os rapazes são piores que as raparigas, elas continuam a achar que as raparigas são as maiores vítimas:



O Departamento de Estudos Educacionais mostrou também que os rapazes têm um maior índice de repetência e de desistência que as raparigas. Contudo as raparigas que repetem um ano são mais propensas a desistir que os rapazes (American Association of University Women www.aauw.org/1000/eseamyth.html , 1999).



Eu tive uma grande experiência deste tipo de estupidez feminista no campo académico, mas isto é um exemplo clássico: Elas fazem um grande espalhafato sobre o suposto domínio dos rapazes, e ignoram o que realmente as prejudica! É óbvio que um introvertido (rapaz ou rapariga) que calmamente se dedica ao seu trabalho pode ter mais tempo para fazer um bom trabalho de aprendizagem do que alguém que está sempre a tomar o tempo do professor por tudo e por nada. Seria útil para elas investigarem este aspecto da questão.



Ironicamente, quando Eileen Byrne, que regeu a disciplina de Educação em Estudos Policiais na Universidade de Queensland, Austrália, visitou a Nova Zelândia em 1994, desmascarou vários mitos sobre as raparigas na educação, incluindo o seguinte:



Não é verdade que em classes mistas os rapazes dominem a classe. Os 120 estudos exaustivos mais citados nesta área mostram que, num terço dos casos nenhum dos sexos é dominador e noutro terço, a diferença é tão pequena que não serve de base para uma acção política. No terço restante, aí sim é verdade, que os rapazes dominam, mas é apenas um, dois ou três rapazes. Não a maioria dos rapazes. Isto é uma questão de controlo da sala aula pelo professor. Em primeiro lugar, é mau que quaisquer três alunos tenham o monopólio da atenção do professor, quer sejam rapazes ou raparigas. Em qualquer destes casos há sempre uma rapariga ou duas que tentam dominar. Também existem raparigas “espevitadinhas” (PPTA News, Vol. 15 No.3, Abril 1994).



Um dos problemas que afecta os rapazes é a crescente feminização do ensino. De acordo com um artigo na página E2 do Sunday Star-Times de 10 de Março de 1996, o psicólogo australiano Steve Biddulph observou que uma diminuição dos professores masculinos provocou nos rapazes a ideia de que “estudar não era uma actividade masculina”(1). Temos que ouvir o lado dos homens e dos rapazes. Se mais rapazes do que raparigas tentam cativar a atenção dos professores na minoria das aulas, será que é porque a maioria dos professores são mulheres e eles sentem atracção sexual por elas? Ou será que professoras feministas tendem a dar mais atenção às raparigas que aos rapazes que por isso se sentem desprezados, ou mesmo injustiçados? Isto não é bom para a sua moral, auto-estima ou (com toda a probabilidade) desempenho académico.



Vou-lhe dar um pequeno exemplo de tendenciosidade nas escolas: Numa escola mista vi no catálogo da biblioteca uma lista de mais de 300 livros sobre “mulheres” e “raparigas” mas menos de 30 sobre “homens” e “rapazes”! Há uma grande evidência de escolas que discriminam os rapazes.



Num dos seus estudos, Sarah Farquhar da Universidade de Massey, Nova Zelândia, descobriu que a discriminação dos homens vem desde o infantário (Education Weekly, Vol. 8 No. 284, Monday, February 3, 1997). Além disso, 55% dos professores masculinos referem ser tratados como abusadores ou potenciais abusadores de crianças devido a toda a publicidade que rodeou alguns casos de alegado abuso de crianças. Isto expulsa os homens das suas profissões, e agora algumas escolas discriminam os homens para lugares de professores.



Devido à actividade anti-masculina da feministas, os tribunais estão a condenar homens inocentes e, em algumas profissões há homens com dificuldade em conseguir emprego(2). Mas um número excessivo de professoras pode implicar um efeito sinistro na educação dos rapazes:



Verificou-se uma tendência sistemática para os professores avaliarem o desempenho das raparigas de modo mais favorável do que o desempenho dos rapazes ... nas áreas da leitura e da expressão escrita os professores mostram uma tendência sistemática para avaliar o desempenho das raparigas de modo mais favorável do que os rapazes mesmo depois de serem feitos ajustes às diferenças sexuais(3).



Os autores deste estudo acreditam que a razão para esta tendência é que os professores inconscientemente incluem uma avaliação de comportamentos e personalidades na sua avaliação do trabalho dos estudantes. Eles dizem também que:



É também possível que a tendência para os professores avaliarem as raparigas de modo mas favorável é, em parte, uma consequência não intencional da má aplicação dos princípios da igualdade de sexos.



Qualquer que seja a correcta, ou mesmo que as duas estejam correctas, parece que a tendenciosidade é mais pronunciada em professoras do que em professores masculinos. Esta é outra razão porque deveria haver mais professores masculinos, de preferência 50% do número total de professores.





Tendência anti-rapaz




Thomas (Not Guilty: In Defence of the Modern Man, London, Weidenfeld and Nicholson, 1993), chama a atenção de que, nos jardins de infância e escolas de 1º ciclo, as raparigas têm melhor desempenho que os rapazes o que pode ser uma consequência da preponderância de professoras nestes níveis. Ele cita estudos que mostram que os professores elogiam mais as raparigas que os rapazes, e criticam mais os rapazes que as raparigas. Uma investigação feita pela Universidade da Califórnia, em os Angeles, prova esta citação(4). Quando as crianças do jardim de infância aprendem a ler com um computador didáctico, os rapazes aprendem melhor que as raparigas. Mas quando as crianças são ensinadas a ler por uma professora, as raparigas aprendem melhor que os rapazes.



É cada vez mais comum os meios de comunicação referirem que as raparigas têm melhor desempenho académico que os rapazes. No início de Julho de 1999 na Nova Zelândia, houve uma conferência na cidade de Waitakere sobre os rapazes na escola, a partir da qual uma revista oficial sobre educação publicou um relatório. Então, em 29 de Julho de 1999, Susan Wood, do programa Holmes TV, entrevistou o ministro da educação, Nick Smith, simultaneamente director do colégio Scots em Wellington, que disse que é preciso levar mais homens para o ensino básico, e é preciso assegurarmo-lhes que alegações infundamentadas de abuso ou assédio sexual não lhes destróiem as carreiras. Um grupo de rapazes, após o programa ter falado em sucesso das raparigas no sistema educacional, repetiram em coro “E nós?”



Na Inglaterra, as descobertas do professor Richard Kimbell, da Universidade de Londres, sobre este tópico receberam fama a nível internacional. E “os homens tornaram-se os novos “patinhos feios” da Universidade na Austrália”, de acordo com o artigo, “Homens: as louras dos anos noventa” (Men: the blondes of the nineties, NZ Education Review, November 4, 1998).



Fergusson e Horwood (1997) descobriu que, em todas as comparações educacionais, os rapazes dos 8 aos 18 anos são piores que as raparigas. Os seus dados são compatíveis com a conclusão de que a tendenciosidade dos professores contra os rapazes é parcialmente culpada, apesar dos autores não estarem inclinados a concordarem com esta interpretação. Mas o director da Escola Secundária de Motueka notou que muitos rapazes dizem que “os professores favorecem mais as raparigas do que os rapazes” (The New Zeland Gazette of 14 June 1999, page 4). Quando as raparigas dizem este tipo de coisas, as feministas erguem-se a apoiá-las, mas como são rapazes o Director não os tomou a sério. Penso que se deve colocar estes rapazes no mundo a que têm direito. Acima de tudo, eles são os consumidores de um processo educacional e os seus sentimentos e opiniões merecem ser tomados a sério. Se não o forem, então isto é em si próprio uma indicação de tendenciosidade contra os rapazes.



Na minha experiência como professor na Nova Zelândia, a tendenciosidade anti-masculina está tão entranhada entre os meus colegas que eles são incapazes de reconhecê-la quando a vêem. Num dos departamentos em que ensinei, uma professora tinha uma placa na sua secretária que dizia “Os homens não sabem fazer nada”. Eu reclamei ao chefe do departamento, que fez com que a professora o removesse. Sem dúvida, a professora fazia disto uma piada, mas onde é que num país ocidental um professor masculino pode ter uma placa na sua secretária a dizer “As mulheres não sabem fazer nada”, com o pretexto de que é uma piada? Uma colega de idade (e feminista) reparou uma vez que uma proporção de 6 mulheres e 2 homens numa reunião do comité era “uma excelente proporção”, e o moderador masculino da reunião da união regional de professores disse que os homens eram “demasiado estúpidos para lidarem com fechaduras de código”, nas portas dos sanitários. Nem ele nem ninguém sorriu. Quando eu mais tarde levantei o assunto numa reunião executiva dos professores do meu grupo, a maioria dos homens riu! No que toca a professores esquerdistas, a discriminação sexual de homens e rapazes está correcta. Apenas o sexismo contra as mulheres está incorrecta.



Se eu não tivesse mencionado estes assuntos a outras pessoas, ninguém tinha dado por nada. As pessoas são tipicamente misandristas (que odeiam homens) no seu dia-a-dia. Possivelmente, isto é a razão porque Sue Wood do programa Holmes TV teve que se dirigir ao Director de uma escola privada carismática para encontrar alguém que fosse capaz de falar em defesa dos rapazes (29 de Julho de 1999).



Uma outra razão para isto pode bem ser que os currículos, métodos de ensino e de avaliação são sistematicamente alterados para favorecer as raparigas em relação aos rapazes. Se isto é o resultado de uma conspiração deliberada ou um resultado acidental de uma feminização geral dos sistemas de educação em vários países, é difícil de dizer.



Por exemplo, os rapazes parecem motivar-se mais com a competição do que as raparigas, mas a competição é politicamente incorrecta e os professores desencorajam-na. A avaliação contínua tende, a substituir os exames em alguns países. Isto impede o anonimato dos exames escritos e permite a tendência anti-rapaz dos professores. Outro factor é a interdição de castigos corporais, que tem um efeito salutar no comportamento e atitudes de alguns rapazes (na minha experiência de professor). Muitos políticos na Nova Zelândia acreditam que a sua remoção do sistema de ensino é a principal razão do número de suspensões nos rapazes. Cerca de três quartos das suspensões são de rapazes (New Zeland Education Gazette, june 14, 1999, page 5). Algumas áreas específicas também podem ser sujeitas à mesma tendência, de acordo com o artigo de Robert Pool, “How speech is built from memories” (New Scientist, April 5, 1977).



Os neurocientistas nos EUA ... sugerem que as mulheres retém mais palavras em memória que os homens ... os homens são mais propensos que as mulheres a terem dificuldades com os verbos regulares após doenças que prejudiquem a memória. Mas ambos têm problemas na formação do pretérito imperfeito de certas palavras. Isto sugere ... que as mulheres armazenam mais palavras na memória que os homens, ultrapassando o seu desempenho apenas quando confrontadas com palavras pouco familiares.



Isto sugere que dar ênfase às regras gramaticais favorece os rapazes, enquanto que retirando-lhe importância favorece as raparigas. A tendência no ensino das línguas nos últimos anos tem sido no sentido de desvalorizar as regras gramaticais. O ensino das línguas tem sido dominado pelas mulheres que descuidaram as velhas regras gramaticais por serem demasiado académicas e elitistas, especialmente em países como a Nova Zelândia, onde as línguas não são obrigatórias nos currículos. Para tornar esta matéria opcional atractiva aos estudantes, os professores tendem a aparentá-la mais simples.





Conclusão




As escolas não são um lugar para descobrir e remediar classes de vítimas, mas para formar turmas de estudantes. Devemos fazê-lo de modo tão efectivo quanto possível com respeito por todos e sem tendenciosidades. Apesar dos grandes esforços dos grupas feministas para fazer das raparigas uma classe especial de vítimas e dar-lhes prioridade, devemos com razão e bom senso retirar a coroa de vítimas às raparigas e substituí-la em termos apropriados, de modo a que um dia os rapazes sejam também reconhecidos como pessoas. Uma vez que isto seja atingido, quanto tempo será necessário até que a sociedade compreenda que os homens também são pessoas, e pessoas com direitos?





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